Fecomercio diz que manutenção da taxa de juros pelo BC é conservadora
O setor comercial definiu como conservadora a decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros em 8,75% ao ano pela quarta reunião seguida.
Apesar de elogiar momentaneamente a decisão do BC, a Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) ressaltou que os juros devem permanecer inalterados por todo o ano, ao contrário do que prevê o mercado financeiro.
Segundo a entidade, não há a necessidade de aumentar a taxa de juros neste ano como medida para conter a inflação --que, segundo previsões das instituições financeiras ouvidas no relatório Focus, do BC, ficará acima da meta de 4,5%.
"A economia mostra sinais claros de recuperação, mas ao mesmo tempo não há nenhum indício de excesso de demanda ou estrangulamento na capacidade de oferta. Diante deste cenário, a Fecomercio não vê a necessidade de se aumentar a taxa Selic ao longo de 2010", apontou em comunicado.
Para o presidente da Fecomercio, Abram Szajman, os juros não devem subir nem com a perspectiva de alta da inflação, e consequentemente da taxa, pelo mercado financeiro.
"Ao contrário, acreditamos que o país precisa manter o compromisso com o desenvolvimento, emprego e geração de renda, com a redução dos gastos públicos e com taxas mais ousadas dos juros, tanto para a Selic quanto para o consumidor final", disse.
A Fecomercio ainda apontou que a recuperação da economia brasileira não gerará "um choque de demanda incontrolável" que explique uma inflação alta a ponto de ser necessário subir os juros. "No final do ano, os índices de inflação devem convergir para o centro da meta de 4,5%", explicou a entidade.
Fonte: Folha On Line
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